Estou lendo um livro intitulado: Marta e Maria - vivere con Dio in un mondo che ha perso Dio (viver com Deus em um mundo que perdeu Deus), e a princípio os que acompanham neste espaço informativo podem pensar: mas por que esta postagem? O livro me abriu perspectivas que ainda não tinha contemplado. Quando escutamos ou meditamos o Evangelho de Lucas 10, 38-42 temos a tentação de pensar que Maria é a melhor na história contada. Colocamos sempre Marta como a pessoa preocupada com as coisas do mundo e que esquece do Senhor, que está ali, bem perto dela. O problema é simples: Marta deseja fazer a experiência do Senhor na vivência do cotidiano. Busca com seu trabalho, sua dedicação, santificar as coisas terrenas com amor e zelo.
Tantas vezes irmãos e irmãs achamos que o mundo hospeda o pecado, o mal, e que devemos nos afastar dele para estar mais íntimo do Senhor. A questão que se coloca é que, se torna impossível fazer uma verdadeira experiência do Senhor fechando-se ao mundo. Este mesmo mundo, marcado pelo pecado, pela maldade, devido ao uso arbitrário da liberdade humana, é o mundo criado por Deus e amado por Ele.
Deste modo devemos descobrir nossa espiritualidade nas coisas simples, nas coisas do mundo. Devemos construir nossa paz não só interiormente, mas também no diálogo com as coisas mundanas. Devemos descobrir a Marta que existe na nossa vida de Igreja e mudar o discurso de que somente Maria escolheu a melhor parte. Marta e Maria compreendem a vida de ação e contemplação; duas faces da espiritualidade humana que não podem ser esquecidas.
Sejamos Marta e Maria! Vale a pena!
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